Uma Reflexão sobre a Vida

 

 

                Achei este depoimento uma verdadeira lição de vida e por isso pensei: por que não passar para a frente tão preciosas palavras? Muitas vezes em nossa vida nos sentimos a pessoa mais infeliz da terra. É que o ser humano nunca olha para trás, ou melhor dizendo, estamos sempre fazendo comparações à frente, e esquecemos a enorme quantidade de bênçãos que recebemos de Deus. Reclamamos porque estamos gordos, quando há pessoas que não comem a dias. Reclamamos que temos que ir de ônibus, quando a milhares de pessoas que vão a pé. Reclamamos que a roupa não está bem, quando há milhares de pessoas que não possuem nada para vestir. Reclamamos que o nosso salário é pequeno, quando existem milhares de pessoas que estão desempregadas há anos. Reclamamos que a nossa família é muito grande, quando há pessoas que estão completamente sós na terra. Enfim, vivemos a reclamar das inúmeras bênçãos que Deus tem nos dado. 

                Vamos ao testemunho:

 

                                               “A Story to Live”

                                               ( por Ann Wells – Los Angeles Times)

                                               UMA REFLEXÃO SOBRE A VIDA. . .

 

Meu cunhado abriu a última gaveta da cômoda e retirou um pacote embrulhado com papel de seda.

“Isto”, ele disse, “não é combinação. Isto é uma lingerie.”

 

Ele a desembrulhou e entregou-me a peça. Era linda, de seda, feita à mão e bordada com rendas. A etiqueta de preço com um desenho enorme ainda estava afixada na peça.

 

-“Jan comprou-a na primeira vez que estivemos em New York, há uns 8 ou 9 anos atrás. Ela nunca usou. Ela estava guardando-a para uma ocasião especial. Bem, acho que agora é a ocasião.”

 

Ele pegou a peça das minhas mãos e colocou-a na cama junto com as outras roupas que separamos para levar à funerária. Ele acariciou a peça por um momento, bateu a gaveta, virou-se para mim e disse:

 

“Nunca guarde nada para uma ocasião especial. Todo dia é uma ocasião especial.”

 

Fiquei relembrando aquelas palavras durante o funeral e nos dias que se seguiram, quando os ajudei, ele e a minha sobrinha, a superar a tristeza que segue uma morte inesperada.

 

Fiquei pensando neles durante o vôo de volta para a Califórnia. Pensei em todas as coisas que a minha irmã não pôde ver, ouvir ou fazer. Pensei nas coisas que ela fez sem perceber, como elas foram especiais. Ainda continuo pensando nas palavras dele, elas mudaram minha vida.

 

Estou lendo mais e espanando menos. Fico sentada na cadeira admirando a vista do jardim sem a neura de ficar arrancando as ervas daninhas. Estou gastando mais tempo junto com a minha família e amigos e menos tempo em reuniões de comitês.

 

Sempre que possível, a vida deveria ser uma experiência a ser saboreada, e não uma prova. Estou tentando reconhecer estes momentos e usufruí-los.

Não estou “guardando” nada; usamos todas as nossas porcelanas chinesas e os cristais para todos os eventos especiais como: perder alguns quilos, consertar um vazamento da pia, olhar para a primeira florada das camélias.

 

Visto o meu blazer preferido para ir ao mercado quando sinto vontade.

 

Minha teoria é: se sinto que está sobrando dinheiro, gasto $28,49 em um pequeno pacote de guloseimas sem pestanejar.

 

Não estou guardando meu melhor perfume para festas especiais; os caixas em lojas e atendentes em bancos têm narizes que funcionam tão bem quanto os dos meus amigos de festas.

 

“Algum dia” e “um dia desses” estão perdendo a importância no meu vocabulário. Se for útil, ouvir e fazer, quero ver, ouvir e fazer agora.

 

Não sei o que a minha irmã teria feito se soubesse que estaria aqui para o amanhã a que todos nós fomos permitidos. Acho que ela teria ligado para todos da família e a alguns amigos íntimos. Poderia ter ligado para antigos amigos para se desculpar e reparar brigas do passado sem importância. Penso que ela teria ido jantar em um restaurante chinês, sua comida favorita. Estou supondo. . . Nunca saberei. . .

 

São essas pequenas coisas deixadas sem fazer que me deixariam brava se soubesse que o meu tempo seria limitado.

Brava por ter, algum dia, cancelado encontros com bons amigos .

Brava por não ter escrito cartas que pretendia ter escrito.

Brava e arrependida por não ter dito mais freqüentemente ao meu marido e a minha filha o quanto eu realmente os amo.

Estou tentando muito não adiar, impedir, ou guardar alguma coisa que proporcione alegria e brilho a nossas vidas . E toda manhã quando abro meus olhos, digo a mim mesma que isso é especial.

 

Todo dia, todo minuto, todo suspiro é realmente. . .um presente de Deus.

 

Se você recebeu esta carta é porque alguém pensa em você.

Se você está muito ocupado para gastar alguns minutos para enviar este texto para dez pessoas, seria esta a primeira vez que você não faz aquela pequena coisa que iria fazer diferença nas suas relações?

 

Posso lhe dizer que certamente não será a última. Aproveite esta oportunidade para seguir um novo rumo. Gaste uns poucos minutos para enviar isto a algumas pessoas a quem você aprecia, só para ficarem sabendo que está pensando nelas. Seria melhor ainda enviar para aquelas pessoas com quem você não se corresponde toda semana.

 

Amor e Deus poderão encher a sua vida de bênçãos! . . .

 

A diferença entre o ordinário e o extraordinário. . . é somente um pequeno “extra”. . .

 

Que todas as pessoas que lerem este depoimento possam realmente começar a dar um sentido novo para as suas vidas, pois somente com uma visão real do que seja uma vida abundante podemos começar a ser felizes.

Que Deus nos abençoe.

 

 

Paulo Mascarenhas