A R M A S  B I O L Ó G I C A S

 

            “A Associação Médica Mundial reconhece a crescente ameaça de que armas biológicas possam ser usadas para causar epidemias devastadoras que poderiam se espalhar internacionalmente. Todos os países correm risco em potencial. A liberação de organismos como o da varíola, da peste e do antraz pode ser catastrófica no que se refere às doenças e mortes resultantes, acompanhadas do pânico gerado por essas epidemias.”  - Associação Médica Americana.

            “Se o vírus da varíola fosse liberado hoje, a maioria da população mundial estaria indefesa, tendo em vista que o vírus tem uma taxa de mortalidade de 30%, quase dois bilhões de pessoas poderiam morrer.” – Revista Foreign Affairs.

            Imaginamos que este tipo de violência é típica do momento que vivemos, mas na verdade é um sistema bem antigo para matar pessoas em tempos de guerras. Na Europa Oriental no século 14, foram catapultados sobre os muros de uma cidade sitiada; corpos de vítimas da peste, embora saibamos que foi em fins do século 19 que se descobriu que micróbios causavam doenças infecciosas.

            Sabemos também que a ciência nos deu bastante recursos para tratar e prevenir doenças, mas mesmo assim; ainda hoje, as doenças infecciosas continuam matando mais de 17 milhões de pessoas por ano, ou cerca de 50 mil por dia.

            O triste é sabermos que apesar de existirem muitos cientistas que se preocupam em pesquisar para a cura, existe igualmente, uma outra quantidade de cientistas que pesquisam para causar a morte, destruindo pessoas através de doenças.

            Por muitos anos os EUA  e a ex-União Soviética desenvolveram armas biológicas, como também várias outras nações.

            Foi feito um estudo para verificar o custo para matar pessoas em uma área de 1 kilômetro quadrado usando vários tipos de armas. O custo estimado para armas convencionais foi de 2.000 US$; de armas nucleares, 800 US$; de armas que usam agentes nervosos, 600 dólares e de armas biológicas, 1 US$.

            Existem dificuldades técnicas envolvidas em lançar  ataques biológicos, e pesquisadores  calculam que desde 1975, em 96 % dos ataques em que se usaram agentes químicos ou biológicos no mundo todo, não foram mortas ou feridas mais do que três pessoas em cada ataque.

            Todavia, o que vemos nos noticiários é que a cada dia mais terroristas estão determinados a matar muita gente.  Muitos terroristas possuem recursos financeiros e técnicos que, em algumas vezes,  equiparam-se aos de certos governos.

            Em junho de 2001 um grupo de pesquisadores de prestígio realizou uma simulação computadorizada para determinar os prováveis resultados se uma epidemia desse tipo ocorresse:em segredo, terroristas liberam vírus de varíola em três shoppings centers nos EUA, e sem suspeitarem de nada, pessoas são contaminadas. Aproximadamente uma semana depois, médicos detectam a doença em 20 pessoas. Nos dias seguintes, o vírus se espalha ainda mais. Começa a haver pânico e tumulto. O sistema de saúde pública entra em colapso. As fronteiras são fechadas. A economia é abalada. Vinte e um dias depois do ataque inicial, a doença se espalhou por 25 Estados norte americanos e 10 outros países. Nesse ponto, 16.000 pessoas já foram infectadas e 1.000 morreram. Os médicos calculam que, em mais três semanas, o número de infectados chegará a 300.000 e um terço deles morrerá.

            Na guerra do Golfo várias bombas aéreas (químicas e biológicas) foram destruídas e todos nós vimos fotografias.

            A Varíola é uma doença altamente infecciosa causada por um vírus . Ela é transmitida a pessoa pelas gotículas de saliva infectadas. Roupas pedssoais ou de cama, contaminadas, também podem espalhar o vírus. Uma de cada três vítimas morre.

            A Peste é também uma doença altamente infecciosa causada por uma bactéria. É transmitida de pessoa a pessoa pelas gotículas de saliva. No século 14, em cinco anos, a peste matou cerca de 13 milhões de pessoas, na China, e de 20 a 30 milhões na Europa. Nas décadas de 50 e 60, tanto os EUA como a ex-União Soviética desenvolveram técnicas para disseminar a peste  pneumônica. Milhares de cientistas trabalharam para transformar a peste em arma.

            O Antraz é igualmente infecciosa e causada por uma bactéria que libera esporos. Conforme uma avaliação divulgada pelo governo dos EUA, a liberação de uns 100 quilos de antraz em aerosol, sobre uma grande cidade, poderia ser tão letal quanto uma bomba de hidrogênio.

            O Botulismo, doença que paralisa os músculos, é causada por uma bactéria que produz toxinas.

            Um relatório de 1999, da Comissão de Segurança Nacional , dos EUA, disse: “Pessoas e grupos. . . obterão poder e influência, e muitos terão à sua disposição meios assustadores de destruição. . . Surgirão cada vez mais grupos de ativistas e indivíduos com objetivos específicos, muitas vezes movidos por fervor religioso, crenças estranhas e aparentemente irracionais, ou veemente ressentimento. Os terroristas podem  agora se valer de tecnologias que eram privilégio exclusivo de grandes potências e lançar ataques contra grandes centros populacionais domésticos.”

            A verdade é que nunca na história da humanidade estivemos tão dependentes de Deus,  pois o homem já se mostrou incapaz de dirigir e orientar os seus semelhantes. As pessoas se materializaram e se envolveram com valores longe dos princípios de humanidade e tolerância que devemos ter uns com os outros. Muitos passaram a agir de uma maneira cada vez mais egoísta e sem qualquer princípio de ordem moral. As nossas crianças aprendem cada dia mais, a importância de “ter” recusando qualquer resposta que não seja um “sim”. Muitos pais não sabem mais usar a palavra não, pois só se preocupam em atender os desejos de seus filhos. E assim, sem qualquer trava, as crianças se transformarão nos tiranos e egoístas do futuro, sem qualquer princípio de humanidade e respeito a seus semelhantes e muito menos a Deus.

            Devemos ensinar aos nossos filhos o respeito e amor ao próximo.Quem sabe Deus tenha misericórdia de nós.

 

 

 

Paulo Mascarenhas