Podemos Ter Saúde?

 

            Esta é uma pergunta que muitas vezes nos vem à cabeça: por que será que existem pessoas que raramente precisam de médicos ou de remédios?

            Para tudo o que pretendermos na vida, teremos que tomar uma posição, inclusive para ter uma boa saúde.Por isso, apenas cada um de nós pode decidir o que queremos para a nossa vida, ou seja, nós podemos decidir entre a saúde e a doença.

Na verdade, as pessoas não se dão conta de que certos vícios aliados a uma alimentação errada podem reduzir drásticamente o nosso tempo de vida.

Até hoje, nós tivemos somente uma escola de saúde, que é a medicina comercial. Esta medicina que nos induz a uma alimentação doentia.  Uma medicina que aprova o que fazem com os animais que são usados para a alimentação do ser humano, não pode ser uma medicina que se leve a serio,embora não possamos generalizar, pois existem muitos médicos que honram  o juramento que fizeram.

Veja o caso das galinhas: o ovo natural de galinha caipira possui grande quantidade de hormônios para o crescimento rápido dos pintos, o que faz com que a idade adulta chegue em cinco meses. Mas acontece que nas granjas, as aves recebem uma grande quantidade de hormônios artificiais para acelerar o crescimento e fazer com que os  pintos cheguem à  velhice em  poucas semanas.  Com o bezerro fazem a mesma coisa: normalmente ele chegaria à idade adulta em cinco anos, mas hoje, ele leva poucos meses para isso.

            Comemos e vivemos de uma maneira que contraria a nossa natureza. O corpo humano é a obra mais perfeita que existe na terra. Se deixarmos a natureza manifestar-se de maneira natural, a capacidade de recuperação do corpo é extraordinária. Muitas vezes imaginamos que uma grande quantidade de comida nos proporcionará muita saúde.

            Não respeitamos as necessidades naturais.E assim, ingerimos muitos alimentos extremamente prejudiciais ao corpo e entre esses a carne. Tanto faz carne vermelha como a carne branca, o efeito é o mesmo..

            E entre os vícios, o que faz uma verdadeira catástrofe em nossas vidas é o de fumar.

            Vou falar primeiramente acerca da alimentação, depois sobre o cigarro.

A Toxemia, que vem ser a presença de toxinas ou materiais tóxicos no sangue podem ser de origem bacteriana, como química ou hormonal. Quando as próprias bactérias invadem a corrente circulatória, fala-se de bacteremia. E é lógico que se a nossa alimentação for tóxica e excessiva, os males serão grandes.

            A toxina não é eliminada pelas enzimas do trato gastrointestinal e afeta o sistema nervoso central, interrompendo a transmissão dos impulsos nervosos, embora as funções cognitivas sejam mantidas.

Sabe-se que a origem da maioria das doenças dos órgãos internos é sempre o aparelho digestivo.

            O New York Times relatou:”De muito maior perigo potencial à saúde do consumidor de carne são as substâncias contaminadoras escondidas ,bactérias tipo salmonela e resíduos do uso de pesticidas, nitratos, hormônios ,antibióticos e outros produtos químicos.” (18/07/1971

            A carne passa lentamente através do sistema digestivo humano. Este processo pode durar uma semana ou mais e, é sabido que a carne apodrece em apenas 4 horas, ficando,portanto, produzindo toxinas e células cancerígenas até ser evacuada.

            Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia mostraram que existem em torno de 75 compostos químicos tóxicos na fumaça de um hambúrguer. Ficou demonstrado ,também, que um quilo deste veneno na frigideira libera no ar 7 mg de colesterol. Na churrasqueira, a liberação chega a 72mg (dez vezes mais).

            Agora vejam que existem outros gases que também são nocivos ao homem, cancerígenos e que poluem a atmosfera:Fenol;  Cadaverina; Cresol; Àcido butírico; Botulino; Metil Gardina; Indoetilamina; Tomarrodina; Neurina; Sepsina; Putrescina; Urobilina etc          São gases produzidos por um intestino intoxicado, estes são os “famosos puns”.

            Hoje existem fábricas de animais. Muitos deles, nunca viram a luz do dia. As suas vidas são passadas em lugares apertados e que culminam com uma morte brutal. São as granjas. Nestes locais os ovos são chocados no andar superior, os pintos são estimulados com hormônios e drogas e sua alimentação é forçada. Eles comem violentamente em seus pequenos espaços e sequer podem fazer qualquer exercício ou respirar ar puro. À medida que crescem são mudados de andar e, quando chegam ao andar inferior, são abatidos. Estas práticas antinaturais, causam desequilíbrio na química do corpo das galinhas e no ovo, e por isso acarretam o crescimento de tumores malignos e outros problemas, que com certeza irão afetar a saúde não só dos animais mas também dos seres humanos.

            As substâncias mais encontradas nos animais de corte são: penicilina, estreptomicina, ampicilina, tetraciclina, sulfanilamida e neomicina. Os comedores de carne, ovos e leite, consomem esses antibióticos ao ingerirem tais alimentos. O uso em excesso destas drogas cria uma geração de micróbios mais forte. Em 80% dos casos, os antibióticos são usados de forma indiscriminada pelos produtores.

            Os efeitos do consumo de carne bovina e de aves contaminadas com antibióticos  aparecem em todo o organismo. Dentre os distúrbios gastrointestinais o mais grave é a gastrite. O comedor de carne também pode apresentar sintomas de alergias e diarréia.

            Os povos longevos, que se alimentam predominantemente de cereais integrais, frutas e legumes, vivem mais de 100 anos.

            Já os povos que se alimentam de carne, como os Esquimós, têm uma vida media de 27 anos. Os Kirgeses, membros de uma tribo Russa Oriental, que se alimentavam predominantemente de carne, amadureciam cedo e morriam cedo. Eles raramente passavam dos 40 anos de idade.

            Quando os animais de corte comem grama ou rações, impregnadas de pesticidas, eles retêm os venenos e, quando o homem come esta carne ou seus derivados, recebe toda a concentração de DDT e outros produtos cancerígenos que se acumularam durante toda a vida do animal. Ao comer no final da cadeia de alimentos, os seres humanos tornam-se os últimos consumidores ,desta forma , atuam como recipientes da mais alta concentração de pesticidas venenosos. A carne e seus derivados contêm 13 vezes mais DDT e outros venenos do que legumes e frutas. 

            Entre os produtos indesejáveis acumulados no organismo pelos comedores de carne, destacam-se a uréia e o ácido úrico. Um bife, por exemplo, contém cerca de 14 gramas de ácido úrico por libra. Um médico americano analisou a urina de comedores de carne e de vegetarianos e constatou que os rins dos comedores de carne têm que trabalhar três vezes mais do que os dos vegetarianos para eliminarem compostos de nitrogênio envenenados, encontrados na carne. Na continuidade, os rins à medida que são envelhecidos por erros alimentares tornam-se prematuramente cansados, ficam incapacitados de realizar suas funções eficientemente e, como conseqüência, surgem as doenças renais.

            Quando os rins não mais conseguem lidar com a sobrecarga, o ácido úrico passa a ser depositado em todo o corpo. Os músculos passam a absorver esse ácido, como uma esponja absorve a água, e mais tarde a endurecer e formar cristais. Quando isso acontece nas juntas, surgem os dolorosos problemas de reumatismo, artrite e gota. Quando o ácido úrico é depositado nos nervos, os resultados são as neurites e ciáticas. E hoje vemos casos de artrite reumatóide na maioria das vezes em mulheres de 28 a 40 anos, mas também já estão sendo afetadas crianças e adolescentes.

            O vício do cigarro aumenta drasticamente o risco para o infarto do miocárdio tanto no homem como na mulher. A nicotina age na freqüência cardíaca. No caso do coração, a nicotina produz inicialmente uma queda na freqüência cardíaca através de uma potente estimulação sobre o nervo vago. Subseqüentemente, o coração acelera sua freqüência estimulado pela liberação das reservas das catecolaminas (adrenalina, noradrenalina) encontradas nos gânglios simpáticos e medula adrenal. A nicotina aumenta o débito cardíaco, ou seja, o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo durante o período de contração do músculo cardíaco (sístole). A nicotina induz a liberação de ácidos graxos (gordurosos), que podem promover a instalação do processo de arteriosclerose.  A nicotina aumenta também a secreção diurna de cortisol ( hormônio da glândula supra-renal), que pode contribuir assim para o aparecimento de arritmias cardíacas e para o aumento da adesividade das plaquetas ( fator trombótico). Devido a sua afinidade com a hemoglobina, o monóxido de carbono reduz a quantidade de oxigênio disponível ao músculo do coração.E por aumentar a hipóxia ( falta de oxigênio) da parede do vaso sanguíneo e a sua respectiva permeabilidade, a nicotina pode incentivar indiretamente a arteriosclerose (formação de placas de gordura misturadas com tecido fibroso).

            No fumo do cigarro existe o polônio 210, elemento radioativo cancerígeno, que vira gás quando aquecido a 600 graus centígrados. A ponta de um cigarro, no momento de uma tragada, chega a atingir 850 graus centígrados. Quem fumar um cigarro por dia, no final de um ano estará próximo do limite máximo da radiação permitida para funcionários de fábricas  de material radioativo.

            O benzopireno, uma substância derivada do petróleo, altamente cancerígena, sempre aparece na queima do papel do cigarro. Para que o papel queime de maneira uniforme e para que a cinza não se fragmente, são adicionados aos cigarros 12 tipos de venenos químicos. São necessários mais de 10 tipos de venenos para se chegar a um cigarro com menor teor de nicotina a alcatrão.

            A cada cigarro, a fumaça, que chega, quando tragada, a 60 graus centígrados, paralisa por uma hora a função dos cílios dos brônquios. Estes cílios funcionam como uma verdadeira escova rolante, que impulsiona para cima o muco produzido pelos brônquios, conduzindo as impurezas para fora do pulmão. Devido à temperatura, muitas vezes os cílios também são queimados e inutilizados para sempre. Sem a escova rolante, as impurezas ficam no pulmão, dificultando demasiadamente a eliminação do muco.

Enfim, caberá a cada um de nós escolhermos o que queremos para a nossa vida. Este trabalho foi um resumo que fiz após a leitura do livro “Em Nome da Vida Saudável” de um amigo chamado Roberto Filizzola, pessoa que muito sofreu por desconhecer as normas da boa alimentação, aliás, como a maioria de nós. E também, de mais algumas informações adquiridas por mim após a leitura de alguns outros livros, acerca da alimentação e do cigarro. Em um outro estudo darei continuidade a estes assuntos.

 

 

Paulo Mascarenhas