SOBRE O PERIGO ATÔMICO

 

            Muito se tem falado sobre o perigo do terrorismo nuclear. Na verdade esse perigo existe e muitas vezes todos temos a curiosidade de saber de certos detalhes desse perigo. Por isso resolvi acrescentar neste trabalho os elementos que compõem este perigo.

            O famoso Plutônio, aquele que foi dito por um especialista de que se fosse acrescentado àquela bomba nos EUA ( Terrorismo em Oklahoma)  na quantidade apenas de uma pequena latinha de coca-cola, seria suficiente para deixar uma cidade de quase 500 mil habitantes inabitável por cem anos, é inexistente em estado natural. Na realidade, o plutônio é obtido a partir do urânio natural pelo bombardeamento de nêutrons lentos. Todos os isótopos do plutônio são radioativos. O mais importante deles é o plutônio 239, que pode ser facilmente produzido, em grandes quantidades, em reatores regeneradores, por meio de radiações de nêutrons com o urânio 238, abundante mas não físsil.

Na verdade, a energia atômica é produzida a partir do Urânio. O Urânio é encontrado na crosta terrestre na proporção de duas partes por milhão. Seu número atômico é 92, peso atômico 238,03, ponto de fusão 1.132,3 º C, ponto de ebulição 3.818º C.

            A primeira reação nuclear em cadeia auto-sustentada ocorreu em 1942; fez-se o primeiro teste de uma bomba atômica em 1945; lançou-se a primeira bomba atômica em 1945; e a primeira usina nuclear, em 1957.

            A fissão (ruptura de um núcleo atômico  acompanhada da libertação de grande quantidade de energia) ocorre com nêutrons lentos no relativamente raro urânio 235 (o único elemento naturalmente físsil), que deve ser extraído do abundante urânio 238 para suas diversas aplicações.

            Reações Nucleares: três tipos de reações nucleares produzem grandes quantidades de energia:

1)      a desintegração radioativa, processo segundo o qual um núcleo se converte espontaneamente no núcleo de outro isótopo ou elemento;

2)      a fissão nuclear, pela qual um núcleo pesado se divide em dois outros e libera a energia neles contida;

3)      a fusão nuclear, segundo a qual dois núcleos atômicos leves, submetidos a temperaturas elevadíssimas, reagem para formar um único núcleo, de peso maior.

     Os 13,5 quilos de urânio enriquecido que foi roubado de uma  base de submarinos nucleares na União Soviética, são uma prova de que o terrorismo nuclear é um fato real que coloca a população de toda a terra em perigo, pois o Plutônio é produzido a partir do Urânio.  Ele é usado também como combustível para satélites artificiais.

            A bomba atômica é um artefato termonuclear de efeito devastador e destruidor que emprega a energia liberada pela fissão nuclear do urânio ou do plutônio.

            O único material presente na natureza pronto para ser fissionado e capaz de manter uma reação em cadeia é o urânio-235. É um isótopo raro: no urânio natural, ocorre na proporção de um para aproximadamente 140 de outro isótopo, o urânio-238.

          Como os recursos de urânio-235 existentes no mundo são limitados, projetaram-se reatores regeneradores capazes de converter urânio não-fissionável e outros elementos em isótopos fissionáveis.

 

            Em 06 de Fevereiro 2000, em um programa na TV Bandeirantes, o repórter  falava do perigo já existente de 84 maletas (uma simples maleta destas executivas) que foram transformadas em malas bombas e que podem ser detonadas em qualquer lugar. Só que são malas atômicas, do lado de fora são iguais a qualquer mala de viagem, mas por dentro há um detonador ligado a uma miniatura de ogiva nuclear, o núcleo da bomba é de plutônio cercado por explosivos, quando detonados provoca uma tremenda pressão  sobre o plutônio e uma explosão nuclear. O sistema é ativado por uma chave e o detonador pode ser usado como um relógio comum. A mala pode ser preparada para explodir  dentro de uma hora ou depois de vários dias. Tempo suficiente para o terrorista deixar a cidade e até o país. 

Essas 84 malas foram as restantes das  132 que comprovadamente já existem; o governo russo só conseguiu resgatar 48, ou seja, sobraram as 84 que ninguém sabe onde se encontram: estão desaparecidas. Calculam que possam estar nas mãos de terroristas.

            Estes são os fatos que creio suficientes para pessoas leigas, como eu, terem uma noção de perigo atômico.

 

 

Paulo Mascarenhas