"E NO
PRINCIPIO ERA..." O QUE MESMO?
Preconceito da revista Época
Publicada na edição nº 346, reportagem gera indignação e suspeita sobre sua
função informativa. A matéria pode ser lida pelos interessados no assunto,
temporariamente, no endereço: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT884203-1664-1,00.html.
Abaixo apresentamos algumas manifestações de desapreço ao valor deste
"artigo" e os seus porquês.
·
Ruy Carlos de Camargo Vieira
·
ABPC
analisa a reportagem da revista Época
Para jornalista
Eliane Brum
C/c Aluízio Falcão Filho
Prezada
jornalista Eliana:Lamento muito ter gasto tanto tempo precioso para monologar
consigo. Realmente, “opus et oleum perdidi”. Fico na dúvida se toda a
responsabilidade pela peça de ficção jornalística foi somente sua, ou se houve
interferência do “establishment”, como sóe acontecer praticamente sempre!
Parafraseando
trecho do texto, “o mais curioso é que ela é jornalista”!
De qualquer
forma, tenho certeza de que pessoas inteligentes (como você me pareceu, por
telefone) e isentas de posições preconcebidas (o que finalmente, ao ler sua
reportagem, percebi não ser o seu caso), poderão ser incentivadas a cavar mais
fundo para buscar compreender melhor o que realmente existe no âmbito da
controvérsia Criação / Evolução.
Concordo com o
Prof. Enézio Almeida Filho – Os leitores da Época ficaram sem saber da crise
epistêmica que vem sofrendo o paradigma vigente.
Da próxima vez,
farei como o Prof. Christiano da Silva Neto da ABPC – tudo por escrito!
"Verba
volant, scripta manent!"
Ruy Carlos de
Camargo Vieira
Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira
Aluizio Falcão
Filho
Diretor de Redação e Editor
Revista Época
Sr. Diretor de Redação:
A Teoria do Design Inteligente é uma teoria científica. Fomos descaracterizados
na reportagem "E no princípio era o que mesmo?" como criacionistas.
Apesar de ter enviado bibliografia comentada à repórter Eliane Brum sobre as
improbidades científicas das atuais teorias da origem e evolução da vida, os
cientistas evolucionistas sequer foram questionados. Não houve objetividade
científica, imparcialidade nem ousadia na sua reportagem, mas um belo exemplo
de um mau jornalismo de divulgação científica: um panfleto atrelado aos ditames
ideológicos da Nomenklatura científica.
Os leitores de Época ficaram sem saber sobre a crise epistêmica que vem
sofrendo o paradigma vigente.
Atenciosamente registro aqui o meu protesto,
Enézio E. de Almeida Filho
Coordenador
NBDI - Núcleo Brasileiro de Design Inteligente
Preconceito da
revista Época
Quando fui
contatado pela jornalista Eliane Brum e forneci algumas informações a respeito
do criacionismo e de meus livros, conhecendo um pouco de seu trabalho e postura
jornalística, sinceramente pensei que desta vez alguém publicaria uma matéria
isenta de preconceitos e que realmente contribuiria para esclarecer os
principais pontos de vista dos modelos evolucionista e criacionista. Mas
confesso que, com a publicação de sua reportagem na revista Época de 3 de
janeiro de 2005, minhas esperanças mais uma vez foram frustradas. Digo mais uma
vez porque ela não foi a primeira a expressar tão grande partidarismo e mesmo
preconceito ao abordar a controvérsia entre a criação e a evolução.
Logo de início o
texto menciona o biólogo Richard Dawkins - inimigo declarado dos criacionistas
-, e a afirmação de que crer no relato bíblico de Gênesis é "fruto da
ignorância". Assim, sem rodeios, já se percebe a tônica da matéria.
O texto
prossegue trazendo outras inverdades e generalizações. Eliane afirma que
"o resultado mais nefasto desse embate entre criação e evolução não é o
surgimento de uma nova geração de criacionistas, mas as levas de estudantes que
saem da escola sem entender a teoria de Darwin". Embora eu tenha fornecido
a ela o telefone e contatos no Centro Universitário Adventista de São Paulo
(Unasp), cujo curso de Biologia vai além dos requisitos exigidos pelo MEC, ao
ensinar tanto o criacionismo quanto o evolucionismo (mesmo os alunos
evolucionistas não reclamam), ela ignorou (deliberadamente?) essa informação.
Aliás, há outras
generalizações que, creio, deram ao leitor uma impressão equivocada sobre o
assunto. Embora a matéria mencione as subdivisões dentro do criacionismo,
Eliane sustenta que "os criacionistas afirmam que o homem, o mosquito da
malária e o protozoário causador da doença responsável por 2,7 milhões de
mortes anuais no mundo são criaturas do plano da criação de Deus". A
jornalista também induz o leitor a pensar que os criacionistas crêem que todas
as características geológicas que vemos hoje são resultado do Dilúvio bíblico,
e não dos processos geológicos descritos pelos cientistas (como o movimento das
placas tectônicas). E dispara: "Para a ala mais fundamentalista dos
criacionistas, o maremoto que matou milhares na Ásia... não seria causado por
movimentos das placas terrestres (pois não acreditam que elas aconteçam), mas
um flagelo enviado por Deus." Eu dei a ela o telefone do doutor em Geologia
pela USP, Nahor Neves de Souza Jr., autor de um livro que descreve, no contexto
criacionista, os fenômenos geológicos globais. Mas ela o consultou? Consultou
algum geólogo criacionista ao menos? Não faltou aí o contraponto? Onde estão os
"dois lados" da questão?
Quando fala do
evolucionismo, Eliane dá a entender que seus defensores concordam em tudo e que
há consenso nos arraiais evolucionistas. Será assim mesmo? No dia 13 de
dezembro de 1998, o caderno "Mais!" da Folha de S. Paulo trouxe na
capa o título "Extremos da Evolução". Nos artigos, foram abordadas as
divergências entre expoentes evolucionistas como Richard Dawkins e Stephen Jay
Gould. Apesar das discordâncias, o comentário de John Maynard Smith, um dos
papas da biologia moderna, é conclusivo: "Por causa da excelência de seus
ensaios, [Gould] tornou-se conhecido entre não-biólogos como o mais destacado
teórico da evolução. Em contraste, os biólogos evolucionistas com quem discuti
seu trabalho tendem a vê-lo como um homem cujas idéias são tão confusas que
quase não vale a pena ocupar-se delas, mas alguém que não se deve criticar em
público por ao menos estar do nosso lado contra os criacionistas" (New
York Review of Books, novembro de 1995). Bastante esclarecedoras estas
palavras.
Quando se refere
ao movimento do Design Inteligente, Eliane diz que ele se baseia em
"argumentos sofisticados e supostamente baseados na ciência", mas não
dá espaço suficiente para a defesa desses argumentos. Fica tudo mais ou menos
na opinião. Depois ela ainda arremata, dizendo que "os cientistas não
concordam com essa visão". Bem vago isso, não? E Michael Behe - citado por
ela - e outros, o que são? Não são cientistas?
Aliás,
questionamentos levantados por Behe, em seu livro “A Caixa Preta de Darwin”,
ainda não foram adequadamente respondidos. Ele escreveu: "Nenhum dos
trabalhos publicados no Journal of Molecular Evolution durante todo o
curso de sua vida editorial propôs um modelo detalhado através do qual um
sistema bioquímico complexo poderia ter sido produzido à maneira darwiniana,
passo a passo, gradualmente", e "nunca houve conferência, livro ou
artigo sobre detalhes da evolução de sistemas bioquímicos complexos" (“A
Caixa Preta de Darwin”, págs. 179 e 183). Behe informa ainda que
"numerosos estudantes aprendem em seus livros a ver o mundo através de uma
lente evolucionista. Eles, contudo, não aprendem como a evolução darwiniana
poderia ter produzido qualquer um dos sistemas bioquímicos notavelmente
complicados que tais textos descrevem" (pág. 187).
Quando menciona
frases do Dr. Ruy Vieira, presidente da Sociedade Criacionista Brasileira,
Eliane deixa novamente transparecer preconceito. Ao informar que ele foi
diretor-científico da Fapesp e fundador da Academia de Ciências de São Paulo,
além de representante do MEC na Agência Espacial Brasileira, ela diz que isso é
"curioso", reafirmando a idéia de que quase não há pesquisadores
sérios no meio criacionista (embora tenha dito que leu meu livro “Por Que
Creio”, no qual apresento entrevistas com uma dúzia deles).
Mas acho que o
cúmulo da sua argumentação preconceituosa ocorreu ao comparar a proposta de se
ensinar criacionismo e evolucionismo nas escolas com o revisionismo a respeito
do Holocausto judeu. "Esse argumento capcioso", afirma Eliane,
"é o mesmo utilizado pelos revisionistas do Holocausto judeu, que, apesar
das fotografias, dos relatos dos sobreviventes, dos documentos, das evidências
materiais, da confissão dos algozes e do reconhecimento do Estado alemão,
continuam afirmando que o Holocausto foi uma 'armação'". Os criacionistas
sérios respeitam e se pautam pelo método científico. Se a teoria da evolução
tivesse evidências factuais como o episódio do Holocausto, obviamente que não
haveria cientistas que advogariam o modelo criacionista. Não precisa ser
criacionista para perceber que a comparação foi meio forte e descabida. Lamento
também o fato de a matéria não ter publicado sequer uma entrevista com um
criacionista sério, tendo dado espaço, por outro lado, a duas entrevistas com
evolucionistas declarados: o astrofísico Marcelo Gleiser e o sociólogo Maurício
Martins.
Acho que o
jornalismo científico foge às suas propostas (elogiáveis) de esclarecimento
quando divulga artigos carregados de preconceito e premissas questionáveis,
formando opiniões unilaterais. De minha parte, continuarei aguardando o dia em
que uma revista da importância da Época possa abrir espaço para a publicação de
reportagens, entrevistas e artigos criacionistas sérios, escritos por bons
autores e pesquisadores criacionistas, e não apenas a interpretação do que seja
criacionismo, do ponto de vista evolucionista. Talvez, se houvesse um debate
mais aberto e respeitoso, ainda que não se chegasse a um consenso, haveria
maior clareza com relação ao que ambos os lados pensam e pregam.
Se a ciência e a
imprensa se detivessem aos fatos, deixando o juízo de valores (ou as conclusões
quanto às origens) aos leitores, estariam cumprindo de forma mais efetiva seu
papel.
Michelson Borges
Jornalista, escritor e editor do site www.criacionismo.com.br
Texto publicado no site www.observatoriodaimprensa.com.br (Canal do
Leitor) ou pelo link direto.
Brasília, 3 de
Janeiro de 2005.
Para
EDITORA GLOBO
Revista Época
época@edlgobo.com.br
Av. Jaguaré, 1485
05342-900 São Paulo, SP.
Prezados
Senhores,
Li com atenção o
tema especial: "E no princípio era..." o que mesmo?
Certamente é
motivo de grande atenção o fato do enorme fracasso do ensino obrigatório,
exclusivo do evolucionismo durante o último século no Brasil, apoiado pelas
cátedras e coadjuvado pela mídia, ter produzido apenas 11% evolucionistas
ateus!
A causa
principal deste fracasso é que as evidências estão destruindo a frágil idéia da
evolução. Vejamos algumas:
1. Nada em
biologia faz sentido à luz do acaso cego.
O acaso nega o conceito científico de causa e efeito, introduz conceitos mitológicos
e mágicos inaceitáveis sob o ponto de vista científico, mas defendidos por
"cientistas" evolucionistas. ... É uma maneira enganosa de não
explicar nada.
2. A abiogênese
é uma crendice popular aceita e defendida pela evolução!
Desde 1864, Louis Pasteur, cientista criacionista convicto, destruiu esta
crendice que continua até hoje nos livros de biologia. Eis um excelente exemplo
para tirar das trevas nossa ciência, pois como Pasteur, estaríamos produzindo
vacinas, e fazendo a verdadeira ciência progredir.
3. Os
"incontáveis" elos de Darwin não foram encontrados.
Não encontramos mais do que 30 supostos elos intermediários. Deveriam ser
bilhões. A árvore da vida evolutiva está comprometida.
4. Os fósseis
contestam a evolução.
Os fósseis segundo a evolução seriam poucos e escassos. Só o fato de
encontrarmos milhões, toneladas de fósseis animais e bilhões de toneladas de
carvão fóssil vegetal, além das toneladas de fósseis nas gélidas turfeiras e o
petróleo fóssil, desmentem a evolução.
Os fósseis surgem por soterramento rápido, afogamento na lama. Catástrofe. Nada
de uniformismo lento!
5. A
ancestralidade comum está em cheque.
A embriologia evolucionista é uma fraude. Ensino enganoso e fraudulento já
contestado desde 1868, mas teimosamente defendido por cientistas descuidados.
A similaridade da morfologia dos ossos ou órgãos homólogos apontam para um
arquiteto, engenheiro e Criador inteligente.
Os órgãos vestigiais humanos inventados pelo evolucionismo (que chegou a ter
mais de 150 órgãos vestigiais listados), é produto da ignorância.
6. A seleção
natural fracassou.
Os exemplos citados são muito frágeis. As 13 "espécies" dos
tentilhões de Darwin se cruzam entre si e dão descendentes férteis. Confundiram
variedades com espécies. A mariposa Biston betularia está sendo
contestada, e a resistência de bactérias ou outros seres vivos são exemplos
frágeis.
7. O
coordenador do Projeto Genoma Humano é criacionista.
O Dr. Francis Collins, afirma com todas as letras, que o genoma humano,
sempre foi conhecido por Deus, pois é o seu Criador, e codificador desta
enciclopédia informativa, o nosso DNA. No princípio Deus. Nada dos
"zilhões" de anos que o propagandista evolucionista Richard Dawkins
precisa para aplicar o seu relojoeiro cego que nunca fez coisa nenhuma. No princípio
a cegueira evolutiva...?
Sugerimos uma
entrevista com o Dr. Francis Collins.
Lembramos ainda
que Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johanes Kepler, Francis Bacon, Isaac
Newton, Carlos Linneu, Gregório Mendel, Louis Pasteur; todos eles foram
criacionistas. Os
modernos criacionistas estão nos ombros de gigantes da ciência. Merecem o mesmo
nível de atenção, respeito, e exposição na mídia e na cátedra.
O resultado da
pesquisa do IBOPE mostra o óbvio: 89% dos leitores da Revista Época, os pais
dos alunos e os estudantes não agüentam mais este ensino evolucionista
unilateral! Acordem!
Está na hora de
despertar, comparar e discutir o criacionismo com o evolucionismo, na base das
evidências científicas dentro das salas de aulas, desde o ensino fundamental
até a pós-graduação. Daqui a pouco o evolucionismo, o maior mito científico
pode estar banido, como querem 75% dos brasileiros.
Apenas como
contribuição, mandamos um pequeno artigo e dois livros: "A Origem Superior
das Espécies" e "Genoma, Passado, Presente e Futuro".
Cordialmente,
Roberto César de
Azevedo
Bacharel e Licenciado em Biologia pela Universidade de São Paulo
O artigo "E
no princípio era o que mesmo?" apresentou-se muito ideológico e pouco
analítico.
Como exemplo
gostaria observar que a frase "os cientistas não concordam com essa visão
e alegam que o salto na realidade é bastante simples" que aparece na
página 77, não esclarece como os cientistas explicam o simples salto das
substâncias "inorgânicas" para uma célula viva completa, com todo seu
maquinário autônomo e com todo seu conteúdo de informação necessário para seu
funcionamento e reprodução.
Não imagino como
artigos deste tipo podem ajudar as pessoas a pensarem sobre o mundo e se
tornarem capazes de formar sua visão de mundo como idealiza Marcelo Gleiser em
sua entrevista.
Urias Echterhoff
Takatohi