F e l i c i d a d e

            O que não seriamos capaz de fazer se nós soubéssemos onde e como encontrar felicidade!?  Na verdade, este sempre foi um desejo dos mais procurados pela humanidade em todos os tempos. Quanto precisamos em recursos financeiros para sermos felizes? Segundo uma pesquisa efetuada por pessoas interessadas no assunto, [i]o valor seria vinte e cinco mil dólares por ano. Mas o dado mais importante foi quando chegaram à conclusão de que existe de fato uma correlação entre felicidade e renda financeira, ou seja, quanto mais dinheiro mais felicidade, mais o surpreendente é que essa correlação diminui à medida que a renda aumenta e chega a ser nula quando a renda anual chega aos U$ 25 mil dólares.

            Na verdade o dinheiro traz conforto mais não traz felicidade, temos visto pessoas extremamente ricas e que irradiam tristeza e falta de sentido para viver, por que será? É fácil, falta a quase todos nós, a sabedoria suficiente para administrar tudo que diz respeito a dinheiro e a relacionamentos.

            Existem pessoas que movem céus e mares para conseguir dinheiro na maioria das vezes de forma ilícita, e quando em algum momento de suas vidas constatam que as suas riquezas não possuem profundidade real e muitas pessoas (principalmente as que conseguiram de forma ilícita) imaginavam que poderiam conservar o seu capital da mesma maneira que o adquiriram. E quando se encontram na pobreza o único caminho que imaginam é o suicídio. Estas pessoas fizeram do dinheiro o seu deus e quando este deus não mais existe as suas vidas perdem sentido, e assim, não há mais razão para viver.

            “Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” JO 8.12.

            Será que esta civilização que a cada dia mais se aproxima do caos nunca vai entender que somente aquele que disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” JO 14.6, pode  nos dar a verdadeira felicidade.

            A riqueza usada de maneira egocêntrica parece que nos escapa pelos dedos, e nos da a sensação de empobrecimento, mas quando partilhamos, parece que acontece algo de sobrenatural pois esta riqueza se multiplica. Aliás, precisamos entender o conceito de riqueza, para quem não tem sequer onde morar, nem sabe se vai conseguir comer no dia seguinte; qualquer pessoa que possua estas possibilidades de vida é uma pessoa possuidora de riqueza.

            Quando administramos o dinheiro com sabedoria, ele não se perde, na verdade, se renova e multiplica.            

            Esta civilização se tornou de tal maneira egoísta, que até as pessoas são descartáveis, os relacionamentos são desprovidos de conteúdo, impera a superficialidade e a falsidade, são abraços de urso e lagrimas de crocodilo.  Relacionamentos valem mais do que dinheiro, entendamos isso se quisermos encontrar um dos caminhos da felicidade.

            “O conflito entre Deus e a raça humana não é uma questão moral, mas sim relacional; não é uma questão de obediência ou de desobediência, mas de dependência e independência.” [ii]

  

Pr Paulo Mascarenhas



[i] Valor Econômico 22/02/2002

 

[ii] Kivitz, René. Vivendo com Propósitos. Ed Mundo Cristão,2003.p.95